O processo produtivo de empresas que fazem uso intensivo de ativos encontra desafios com a movimentação de materiais na indústria. E para as organizações que viabilizam seus modelos de negócio com base nessa necessidade é preciso investir em soluções para otimizar a gestão de seus recursos.
A gestão dos materiais que entram e saem na empresa para compor seus estoques é fundamental para alcançar eficiência operacional.
Essa governança pode ser considerada a espinha dorsal do planejamento de operações, já que a área de produção precisa trabalhar com uma margem segura de estoque de insumos e o departamento de vendas deve contar com pronta entrega para as demandas dos clientes.
Conheça melhor as premissas da movimentação de materiais e como é possível torná-la mais eficiente, produtiva e econômica. Boa leitura!
Princípios da movimentação de materiais na indústria
Movimentar materiais significa transferir itens de dentro para fora da empresa, e vice-versa, e entre áreas dentro da planta empresarial.
Isso inclui não só deslocamento, mas também armazenamento, preservação, distribuição e controle do que está em um fluxo dinâmico. O ideal é que haja condições para movimentações seguras, eficientes, sem danos aos materiais e que ainda garantam baixo custo.
Acompanhe, a seguir, os 5 princípios mais relevantes no processo de movimentação de ativos:
Planejamento
“Prevenir é melhor que remediar” deve ser a tônica dos trabalhos de movimentação de materiais. Equivale dizer que é preciso planejar antes de efetivar os deslocamentos, envolvendo as equipes afetadas e estipulando metas e objetivos.
Padronização
Processo é uma sequência de atividades repetíveis para se chegar a um determinado objetivo e esse conceito se aplica à movimentação de materiais. Não equivale a engessar modelos e métodos, mas é indispensável ter uma dinâmica e fluxo definidos para promover modularidade e produtividade.
Sinergia
Por ser um processo, a movimentação precisa ter visão sistêmica para viabilizar uma cadeia de suprimentos otimizada, incluindo fabricantes, fornecedores, distribuidores e varejistas. Também é ideal que a estratégia contemple a integração das atividades de recepção, inspeção, embalagem, armazenamento, seleção, expedição e transporte.
Otimização de espaço
A eficiência deve chegar na ambientação que receberá os materiais. Para isso é indicado avaliar layout e modelos de armazenagem. Espaços otimizados consideram aproveitamento dos metros quadrados disponíveis, climatização, acessibilidade e facilidade de localizar os itens.
Automação
Qualidade e redução de custos são resultados da automação de tarefas, da eliminação de trabalho manual e das falhas decorrentes dessa interação humana. Além da inteligência computacional, é preciso atentar para a infraestrutura que sustentará esses sistemas, como capacidade de processamento e usabilidade da interface do usuário.
O problema da movimentação de materiais na prática
Segundo o artigo publicado em 2017 pelo Instituto de Educação Tecnológica (Ietec), o envolvimento de um negócio com materiais atinge entre 50% a 65% do orçamento corporativo industrial. No comércio, essa faixa aumenta para 70% a 85%.
Essa estatística mostra o consumo de uma significativa porcentagem dos gastos totais da produção e por isso erros precisam ser evitados para que não sejam aumentados.
Observe quais problemas precisam ser enfrentados para que a gestão de ativos não seja um gargalo:
Ferramenta de gestão ineficaz
Dada a necessidade de integração entre áreas e também com informações que precisam transitar para fora da empresa, entre fornecedores e distribuidores, por exemplo, planilhas e documentos estáticos não resolvem o problema da gestão de materiais e ainda podem propiciar que haja custos ocultos.
A tecnologia faz toda diferença nesse caso, especialmente por permitir que contratos inteligentes sejam estabelecidos com os provedores. Com sistemas informatizados, pode-se conectar o planejamento de produção e de manutenção com as soluções do parceiro de mercado, acionando rotinas automáticas para solicitação de produtos na medida exata da necessidade do negócio — tudo em tempo real.
Ausência de periodicidade de controle
Empresas que lidam com estoques perecíveis precisam ter controle rígido dos prazos de validade dos produtos. Outros materiais, apesar de não terem essa característica, perdem a funcionalidade quando ficam parados, ou se deterioram. Portanto, é fundamental ter registro sobre todos os itens internalizados.
É crucial que haja uma gestão de validade, com frequências definidas de acordo com o tipo de material a ser controlado. Com essa medida, a quantidade de descarte de itens e prejuízos com reposição, que pode ser evitada, é reduzida.
Demanda mal calculada
Uma produção sustentável depende da disponibilidade de recursos para evitar interrupções na esteira e não permitir atrasos na entrega ou não atendimento à demanda do cliente.
Quando o negócio está em expansão, especialmente, ter ciência sobre os limites da capacidade produtiva é essencial para que não sejam fechados contratos sem que a empresa consiga honrar o compromisso assumido perante seu mercado consumidor.
Como manter os materiais sob controle
Alguns fatores são vitais para uma boa governança de ativos: processos, pessoas e tecnologia. Dentro de um cenário competitivo, bons resultados em integração entre os diversos processos empresariais é a chave para uma gestão aprimorada de materiais.
Nesse sentido, uma gestão robusta de processos corporativos pressupõe que haja regras e políticas bem definidas, assim como fluxos de trabalho bem delineados, com designação objetiva de metas e responsáveis.
Além disso, deve ser disseminada uma cultura organizacional para que gestores e colaboradores “falem a mesma língua” sobre gestão de materiais, para que o assunto atinja o tom estratégico que precisa assumir.
Considerados os impactos no orçamento, na cadeia produtiva e na satisfação do cliente, é preciso que seja estimulada uma cultura interna que privilegie as melhores práticas de gestão de ativos.
O poder da tecnologia na gestão de materiais
Esse pilar é o que traz o maior valor agregado para o controle de movimentação de materiais. E vale lembrar que não só a movimentação de materiais na indústria pode ser beneficiada com tecnologias, mas também a manutenção, que depende diretamente da disponibilidade de peças e outros subsídios.
Conheça algumas soluções para otimizar a movimentação de materiais!
Tecnologia RFID
Essa tecnologia auxilia na rastreabilidade e reduz as diferenças em inventários de itens. Com o uso de etiquetas ou tags, os produtos passam a ser identificados, contados e controlados automaticamente.
O maior benefício é a redução de erros de lançamentos manuais e a interação direta com os softwares de gestão, garantindo coerência entre a situação real dos materiais e a informação gerenciada nos sistemas.
Sistemas ERP
Entrada e saída de material são processos que merecem muito mais atenção do que inserções e baixas em sistemas de controle. Gerir com eficiência é visualizar a interveniência entre as estruturas organizacionais e ter condições de avaliar os impactos de um “caixinha” nas outras.
Por isso, uma plataforma de gestão integrada é o ideal para a gestão de materiais. Com esse tipo de ferramenta é possível não só rastrear itens, como também tomar decisões acertadas sobre seus reflexos em orçamento, processo produtivo e nas vendas.
A solução por meio de aplicativos de rotina de estoque
As deficiências enfrentadas pelas empresas na gestão de estoques são muitas: falta de registro, custos desconhecidos, controles desatualizados, incapacidade de identificar materiais, compras desnecessárias. E os impactos dessas fragilidades vão direto para a lucratividade do negócio.
Considerando a tecnologia a via mais inteligente para solucionar esses problemas, existem aplicativos que garantem disponibilidade e entrega rápida de materiais. Além disso, gerir estoque se torna mais simples, organizado e seguro quando se tem rotinas automatizadas, que não dependem de papéis e de atualização manual de informações.
Uma solução que tem transformado a gestão de almoxarifados e de estoques, controlando todas as operações de entrada, consulta, armazenagem e saídas, é o Sigga Mobile Warehouse & Inventory.
A aplicação é composta de módulos que materializam benefícios para as rotinas operacionais e para a gestão da informação, como entrada de materiais, movimentação, inspeção de qualidade, separação, estoque e armazenagem, inventário e autoatendimento.
As empresas que o adotam estão ganhando em:
- redução de custos com mão de obra, papel e impressões, extravios e perdas;
- controle e flexibilização da saída de materiais com o autosserviço RFID;
- mais eficiência para os times envolvidos com estoque;
- racionalização dos estoques, evitando paradas na produção por falta de peças ou matéria-prima;
- maior eficiência operacional com a modernização dos almoxarifados.
Na era da indústria 4.0, não é possível pensar em eficiência e uma boa experiência do cliente sem lançar mão de recursos tecnológicos. Ser estratégico e competitivo depende da conjugação harmônica entre a as competências organizacionais — materializadas nas pessoas e nos processos — com os avanços que a tecnologia apresenta, a todo momento, para renovar o mercado.
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