Gestão de Ativos físicos são boas práticas de manutenção e conservação de equipamentos que contribuem para o ganho de eficiência da planta. Parte do trabalho envolve garantir a integridade mecânica dos ativos, adotando regimes preventivos e preditivos de manutenção.

Quando o gerenciamento da manutenção é bem realizado, ajuda a reduzir consideravelmente o índice de falhas — e, como consequência, as paradas na produção — e aumentar a confiabilidade na disponibilidade das máquinas. Esses são pontos essenciais para a eficiência operacional e produtiva de uma empresa.

Neste post, vamos falar mais sobre o assunto, quais boas práticas podem ser adotadas e como a tecnologia pode auxiliar nesse processo. Continue com a leitura para saber mais!

Integridade mecânica dos equipamentos

A integridade mecânica dos equipamentos está relacionada à conservação das características físicas e estruturais, além de estar em conformidade com os parâmetros específicos do projeto do equipamento.

Ela possibilita a plena utilização dos equipamentos dentro do processo produtivo, além de viabilizar a fabricação de produtos com qualidade e com custos predefinidos. A garantia da integridade é de suma importância para atender ao cliente e às suas expectativas e, para isso, conta-se com as manutenções preventiva e preditiva.

Enquanto a primeira trata de uma rotina de inspeção, a fim de identificar qualquer possível risco que pode gerar uma falha, a segunda está voltada para a análise do comportamento dos componentes (como variações no ruído, na vibração ou na temperatura).

Além disso, também existem dois aspectos que estão relacionados a esse objetivo: fatores de inspeção e análise de danos.

Qual é a real importância da manutenção dos equipamentos críticos?

Os equipamentos críticos são fundamentais para a produtividade. Quando estão parados, geram grandes prejuízos para as empresas, como perdas financeiras, atrasos, insatisfações dos clientes, perdas de insumos, entre outros.

Para garantir a disponibilidade desses equipamentos, devemos contar com um controle de manutenção mais detalhado. Se possível acompanhar o desempenho dos componentes desses ativos, elevando o grau de confiabilidade.

A lógica da Confiabilidade X Probabilidade de falha

Quanto maior for a confiabilidade de um ativo, menor é a probabilidade de ocorrer uma falha. É a partir desses dois critérios que se consegue formar uma avaliação da integridade do equipamento. De acordo com a lógica da Confiabilidade, as manutenções têm como função diminuir a ocorrência de falhas nos equipamentos.

Porém, vale destacar que, se o intervalo entre uma ação e outra for curto, a indisponibilidade e os custos operacionais aumentam. Sem contar que a realização de trabalhos de manutenção frequentes no mesmo equipamento contribuem para uma baixa produtividade das equipes de manutenção.

Por outro lado, com um intervalo mais longo, qualquer falha em potencial que se concretizar vai gerar perdas significativas para a empresa, principalmente no que diz respeito ao faturamento e lucro.

Logo, ao planejar uma estratégia voltada para as manutenções periódicas dos ativos, é de suma importância realizar a definição de um período considerado razoável para as ações. Dessa forma, otimiza-se os custos ao mesmo tempo em que se mantém a confiabilidade do sistema.

Como adotar as melhores práticas de gestão de ativos e manutenção?

Diversas ações podem ser implementadas para garantir a integridade de equipamentos críticos, como:

  •        Implementação de um plano de gestão eficaz, que seja capaz de gerenciar as manutenções dos equipamentos;
  •        Realização treinamentos periódicos das equipes (operacional e de manutenção);
  •        Elaboração e as revisões periódicas de procedimentos;
  •        Gestão eficaz de peças sobressalentes (conforme o plano de manutenção).

Como funciona a classificação ABC e o Princípio de Pareto para a definição de prioridades em manutenção?

A classificação ABC funciona por meio da estratificação de equipamentos, determinando o grau de criticidade e relevância de cada um dentro do processo produtivo e a sua interferência com o meio ambiente. Após uma correta classificação, é possível determinar com maior eficácia os tipos de manutenções adequadas para aquele equipamento, bem como análise das falhas ocorridas.

O Princípio de Pareto permite mensurar o percentual de equipamentos dentro de cada classe A, B ou C e demonstra que apenas uma pequena parte desses equipamentos, via de regra, são considerados de alta criticidade dentro de determinado processo produtivo standard.

Que normas devem ser seguidas à risca, quando se trata da segurança e integridade de equipamentos?

Quando falamos de segurança e integridade de equipamentos, podemos utilizar normas que abordam de forma sistêmica o processo de gestão. A norma OHSAS, por exemplo, contextualiza sistemáticas para abordagem de pontos relevantes que devem ser considerados no dia a dia, tais como:

  •        Análise de Perigo e Pontos Críticos de Controle (APPCC);
  •        Recursos, funções, responsabilidade e autoridade;
  •        Preparação e resposta a emergências;
  •        Medição, acompanhamento e aprimoramento do desempenho.

Além da norma OHSAS, temos também, outras normas que abordam o assunto e devem ser adotadas, como a norma ISO 45001.

Como a tecnologia apoia a gestão de ativos?

As novas tecnologias — utilizando software e hardware — têm proporcionado uma coleta de dados em tempo real, ou seja, maior número de informações sobre o desempenho dos equipamentos. Elas também permitem realizar o automaticamente o processamento e interpretação desses dados permitindo uma gestão de ativos mais dinâmica. Tudo isso contribui para a garantia da integridade mecânica dos equipamentos.

Com uma solução completa, que contempla todos os perfis profissionais de manutenção (planejadores, executores, almoxarifes e gerentes), é possível integrar as informações e torná-las acessíveis a todos, promovendo uma gestão completa de toda a planta produtiva.

A confiabilidade dos ativos dentro de uma organização é um ponto fundamental para garantir uma produção eficiente e mais regular. Ela é conquistada, em parte, por meio da garantia da integridade mecânica dos equipamentos — um trabalho que está diretamente ligado às rotinas de manutenção dos ativos empresariais.

Gostou do artigo? Então se inscreva-se na nossa Newsletter e acompanhe outras inovações, tendências e tecnologias em Gestão de Ativos Empresariais. Além disso, recomendamos as seguintes leituras: Gerenciamento da manutenção: como definir metas inteligentes e Drones Industriais: por que utilizá-los.