A 4ª Revolução Industrial deu início à era das tecnologias inteligentes para a manutenção de planta SAP nas indústrias de alimentos e bebidas. Ao contrário dos processos de manutenção tradicionais, a manutenção inteligente da planta é caracterizada por sistemas interconectados, dados precisos e o uso de estratégias de mais eficientes e com melhor custo-benefício, como a manutenção preditiva.
Neste artigo, vamos explorar os processos de manutenção de planta SAP com foco nas indústrias de alimentos e bebidas. Veremos como a implementação de tecnologias inteligentes ajuda organizações a otimizarem seus processos e a superarem os desafios de manutenção. Acompanhe!
Transformando os processos de manutenção de planta SAP
A população global deve chegar ao marco de 9 bilhões em 2050. De acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), a produção mundial de alimentos precisará passar por um aumento de 60% a 70% para dar conta da demanda. Além disso, as indústrias de alimentos e bebidas têm uma longa lista de desafios, o que pode manter essa meta fora de alcance. Entre eles, a escassez de produtos, custos crescentes e falta massiva de mão de obra.
A chave para superar esses contratempos e atender às necessidades dos consumidores de hoje e de amanhã está na transformação digital. Assim, a tendência é que as organizações adotem cada vez mais novas tecnologias inteligentes para a manutenção de planta, como a Internet das Coisas Industrial (IIoT), Inteligência Artificial (AI) e análise preditiva.
Essas tecnologias melhoram drasticamente a eficiência e o custo-benefício dos processos de manutenção industrial, ao mesmo tempo em que criam novas atividades e desafios de manutenção. Neste contexto, as organizações podem substituir tarefas de rotina ineficientes por manutenção preditiva, por exemplo. Porém, implementar e usar essas tecnologias exige novas habilidades dos profissionais de manutenção.
As plantas de produção inteligentes são um produto da 4ª Revolução Industrial, ou Indústria 4.0. Não apenas a Indústria 4.0 está bem encaminhada no setor de alimentos e bebidas, como também já dá os seus primeiros passos na Indústria 5.0. Organizações que ainda não adotaram processos de manutenção mais modernos — com tecnologias da Indústria 4.0 — correm o risco de ficar atrás de seus concorrentes.
Além da indústria 4.0
A Indústria 4.0, ou Quarta Revolução Industrial, tem apenas uma década e provavelmente terá vida curta. O termo teve origem em 2011 a partir de um projeto estratégico de alta tecnologia do governo alemão. A indústria 4.0 otimiza a informatização da indústria 3.0, permitindo que os computadores se conectem, se comuniquem entre si e realizem ações sem qualquer interação humana.
Quando se trata de manutenção industrial, o termo Manutenção 4.0 é frequentemente utilizado para descrever uma planta que adotou a manutenção de planta inteligente ou as tecnologias da Indústria 4.0. Assim sendo, as tecnologias da indústria 4.0 permitem que as organizações reúnam quatro níveis de suas operações de manutenção. O primeiro consiste nas partes individuais do equipamento, como sensores. Eles coletam dados para ajudar a monitorar o desempenho de um ativo.
Já o segundo nível diz respeito ao equipamento em si. Isso envolve monitorar e otimizar o desempenho de uma única máquina ou grupo de máquinas. O terceiro envolve o gerenciamento das operações de manutenção. É aqui que uma organização conecta e monitora o desempenho de toda a planta.
Por fim, o último nível engloba o ecossistema de negócios. Ou seja, a organização monitora o planejamento e o desempenho em toda a empresa. Considere uma planta que utiliza processos de manutenção tradicionais, por exemplo. Técnicos altamente treinados são necessários para coletar dados manualmente, executar tarefas de manutenção de rotina ou responder a eventos de emergência. A gestão atribui tarefas manualmente e avalia o desempenho dos técnicos. Porém, os gestores não têm acesso a dados confiáveis em tempo real. Sem contar a dificuldade em obter os dados para tomar as melhores decisões.
Com tecnologias inteligentes, como sensores sem fio, os dados são coletados de forma automática e depois transmitidos para um servidor em nuvem seguro, onde são analisados por tecnologia de inteligência artificial (AI). Os técnicos de produção e/ou manutenção recebem alertas sobre problemas de desempenho e podem tomar ações corretivas a fim de evitar paralisações custosas. Os gestores têm acesso a dados confiáveis em seu software empresarial de gestão de ativos. Eles podem monitorar o desempenho do técnico, priorizar tarefas e tomar decisões mais assertivas.
A 5ª Revolução Industrial, ou Indústria 5.0, envolve um nível mais alto de interação entre máquinas e humanos. A Indústria 5.0 costuma ser vista como uma exclusividade da Indústria 4.0. Há muitos aspectos complementares. Afinal, a Indústria 5.0 se baseia nas mudanças de processo impulsionadas pelas tecnologias da Indústria 4.0.
Conforme os avanços tecnológicos, as tecnologias inteligentes automatizarão cada vez mais tarefas de manutenção repetitivas. Dessa forma, recursos técnicos antes escassos terão liberdade para realizar tarefas com maior valor agregado, além de fazer mais com menos.
Manutenção inteligente da planta e o dilema das habilidades
As tecnologias de automação ajudam as indústrias de alimentos e bebidas a melhorar a eficiência de seus processos de produção e manutenção. Porém a adoção generalizada também leva a um dos maiores desafios e inibidores da transformação digital: encontrar pessoas que possam gerenciá-las.
“Acho que uma das principais razões para que o setor de alimentos e bebidas demore a automatizar é a dificuldade em encontrar técnicos para projetar, programar e operar soluções de automação”, disse Tyler Noessar, um especialista do setor. “Mesmo que uma empresa de alimentos e bebidas queira automatizar, não há um grupo grande o suficiente de técnicos para atender à demanda de automação.”
Assim, superar a lacuna de habilidades em manutenção industrial é crucial para o sucesso a longo prazo das iniciativas inteligentes de manutenção de planta. A pesquisa mostra que as organizações estão sendo pró-ativas para resolver esse problema. De acordo com um estudo anual realizado pela Food Processing, as principais estratégias que as organizações adotam a fim de otimizar o uso de ativos incluem:
- Programas de treinamento no trabalho para expandir as habilidades dos trabalhadores de manutenção (53% dos entrevistados);
- Atribuição de tarefas de manutenção de rotina aos operadores de máquina (47% dos entrevistados);
- Contratação adicional de técnicos de manutenção (35% dos entrevistados).
A pandemia acelerou ainda mais esta crise. De acordo com a mais recente Pesquisa Global da McKinsey com executivos, “as empresas aceleraram a digitalização de suas interações com clientes e cadeias de suprimentos, bem como suas operações internas, em três a quatro anos.”
Uma das maiores razões para esse impulso é a necessidade de flexibilidade operacional para superar as rápidas flutuações na demanda do consumidor. “Acho que a COVID nos ensinou que as empresas precisam ser capazes de responder rapidamente, com base nas flutuações da demanda”, disse a economista sênior do The Conference Board, Elizabeth Crofoot.
Manutenção inteligente de planta SAP na prática
As tecnologias inteligentes de manutenção de plantas capacitam as organizações a dar grandes saltos, melhorando a produtividade e a qualidade dos alimentos, além de reduzir custos e aumentar a segurança. A seguir, confira alguns exemplos de usos e benefícios práticos.
Maximiza a eficiência e a visibilidade
A coleta de dados automatizada ajuda a melhorar a eficiência dos seus processos de manutenção. No lugar da manutenção de rotina ou reativa, seus recursos técnicos limitados podem ser alocados para tarefas de maior valor. Além disso, com acesso a dados confiáveis na manutenção de planta SAP, os gestores podem visualizar o status do trabalho em tempo real, bem como aumentar a utilização de ativos e eliminar tarefas demoradas (manipulação de dados em planilhas fora do SAP, por exemplo).
Executa a manutenção preditiva
As tecnologias inteligentes analisam os dados de forma automática a fim de fazer previsões e tomar decisões para ajustar configurações, carregamento, etc. Isso maximiza a utilização do equipamento e reduz o tempo de inatividade (downtime). Também pode ajudar a identificar quando uma máquina está prestes a quebrar, permitindo a transferência da produção para outras máquinas com o intuito de evitar o desperdício de produtos alimentares perecíveis.
Melhora os processos de manutenção
Por meio da automação, é possível identificar gargalos nos processos de manutenção. A programação, por exemplo, costuma ser demorada. As ordens de serviço devem ser finalizadas de forma manual, impressas e repassadas aos técnicos. Os profissionais, por sua vez, devem concluir o trabalho, preencher a ordem de serviço manualmente e entregá-la à equipe de apoio para inserir os dados no sistema SAP PM. Isso resulta em atrasos e dados imprecisos.
A partir de uma tecnologia inteligente, como uma solução de planejamento e programação de manutenção de planta, as organizações podem eliminar esses gargalos, melhorar a eficiência e reduzir seus custos significativamente.
Vamos avaliar um exemplo prático. A Ambev faz parte da Anheuser Busch, maior conglomerado cervejeiro do mundo. Por muitos anos, a marca administrou seus processos de manutenção com o módulo PM do SAP ERP. Porém, com o tempo, a Ambev percebeu que gastava muito tempo transformando notificações em pedidos de manutenção e imprimindo ordens de serviço em papel. Além disso, a empresa estava lidando com problemas de qualidade de dados.
Então, a Ambev buscou uma solução mobile para substituir os pedidos em papel e manter os dados digitais durante todo o processo de manutenção. A marca escolheu o Mobile EAM da Sigga para eliminar os gargalos em seus fluxos de trabalho de manutenção. Com a solução, a Ambev economizou cerca de 7,2 milhões de folhas de papel por ano, aumentou a produtividade do técnico em 15% e reduziu o Tempo Médio de Reparo (MTTR) em 79%.
Como a SIGGA pode ajudar
A Sigga é uma empresa global de software certificada pela SAP, que fornece soluções escalonáveis de Enterprise Asset Management (EAM ou Gestão de Ativos Empresariais) para a indústria de alimentos e bebidas. A Sigga tem 20 anos de experiência em integração de manutenção de planta SAP, gestão de ativos corporativos e soluções de manutenção industrial.
Além disso, a experiência da Sigga vem do trabalho com algumas das maiores empresas do setor, como ABInbev, Bunge e Danone, ao implementar tecnologias inteligentes em seus processos de manutenção de planta SAP.
As soluções da Sigga facilitam a otimização de seus fluxos de dados, eliminam o papel e as tarefas improdutivas, melhorando os processos de manutenção da planta SAP.
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Por que a Sigga
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