Planejamento e programação na manutenção industrial são conceitos simples e distintos, mas que confundem a cabeça das pessoas.
Muitas vezes, nos atrapalhamos no entendimento de onde termina o planejamento e de onde começa a programação.
Contudo, é fundamental entender a diferença entre os dois conceitos, pois são etapas distintas do processo de manutenção e precisam caminhar juntos.
Para compreender um pouco mais e tirar a dúvida de uma vez por todas, continue com a gente até o final!
Uma introdução ao Planejamento de Manutenção
Quando falamos em planejamento de manutenção, é comum que seja tratado como um planejamento de projetos. No entanto, essa é uma visão equivocada do processo.
Planejamento de manutenção diz respeito, entre outras coisas, ao planejamento em ciclos. Estes ciclos começam a ser construídos com uma visão de longo prazo e vão avançando até chegarem no curto prazo.
Mas por que, exatamente, trabalhar desta maneira?
É simples. Quem é planejador, provavelmente, já se deparou com uma lista imensa de ordens de manutenção, sem saber por onde começar e o que levar em conta na hora de priorizar estas ordens.
Sendo assim, é imprescindível realizar a divisão deste fluxo de trabalho para facilitar a visão das atividades e por meio de uma organização, o que guia o planejador a tomar as decisões mais assertivas.
Entender cada etapa do projeto e ter uma visão ampla de fluxos organizados ajuda a decidir o que é mais importante. Além disso, é possível priorizar atividades com base em regras previamente estabelecidas.
Tudo isso facilita a tomada de decisão por parte do planejador.
O planejador é o tomador de decisões
O planejador é responsável por realizar análises complexas e tomar decisões assertivas na manutenção a curto, médio e longo prazo.
Normalmente, os planejadores acabam fazendo o trabalho de programação também. Acontece que é imprescindível que o trabalho deste profissional seja alocado para atuar nas partes mais estratégicas da manutenção, que é onde ele é mais necessário.
A programação requer bastante atenção do profissional, mas as soluções podem ajudar nesse processo.
O sistema é o responsável por refinar o que o algoritmo faz, além de tomar decisões de corte.
Enquanto isso, o profissional de planejamento de manutenção fica liberado para fazer o que tecnologia nenhuma é capaz de fazer sozinha:
- Planejar a manutenção a longo, médio prazo;
- Entender os melhores momentos para realizar manutenções a curto prazo, usando as informações de datas planejadas x calendários de máquinas e pessoas;
- Determinar as melhores formas de alocar recursos a curto prazo.
Dessa forma, o profissional de manutenção trabalha de forma muito mais eficaz.
O planejador não deve ser um profissional focado em “apagar incêndios”, e sim um estrategista que vai tornar a área da manutenção cada vez mais eficiente.
Ciclos de planejamento: longo, médio e curto prazo
Acima, falamos sobre a importância de dividir o trabalho. Sobre estabelecer prioridades. Mas o que isso significa, exatamente?
- Curto prazo significa programação semanal;
- Médio prazo significa planejamento mensal, bimestral ou trimestral;
- Longo prazo significa planejamento anual, que é o orçamento geral de manutenção.

Significa que você começa do macro e vai para o micro. O raciocínio aqui é mais ou menos o seguinte: o que eu consigo fazer em um ano? Depois, o que eu consigo fazer em poucos meses? E, por último, o que eu consigo fazer nesta semana?
No ciclo de planejamento você trabalha da mesma forma em que trabalha na programação. Porém, aqui, você faz isso pensando a longo prazo.
Assim, você entende o que precisa estar pronto para que outra etapa possa ser realizada. Isso faz com que o trabalho se torne, de várias maneiras, muito mais inteligente e estratégico.
Afinal, qual é a diferença entre Planejamento e Programação de Manutenção?
A programação de uma atividade é uma tarefa mais imediatista. Quem programa precisa saber que dia, que hora e quais recursos precisarão estar disponíveis.
No planejamento, não é preciso dizer o dia e a hora. O que é necessário é direcionar a atividade à ordem do que vai ser feito naquele período (seja semana, seja mês, seja outro indicador de tempo).
A partir desse ponto, o planejador define o que vai ser feito – e como será feito – dali em diante.
Como a tecnologia vem para ajudar nos processos: o caso da Ambev
Você já conhece a Ambev. A empresa é uma gigante no setor de bebidas no Brasil.
Nascida em 1999, ela é fruto da união entre as centenárias Cervejaria Brahma e a Companhia Antarctica.
Atualmente, ela é parte da Anheuser-Busch Inbev, o maior conglomerado cervejeiro do mundo.
Assim como toda indústria, a Ambev ainda tinha processos que precisavam de melhorias no que diz respeito a planejamento e programação.
Estudos identificaram perdas de tempo significativas no planejamento e execução da manutenção.
Outra coisa que esses estudos levantaram foi a má qualidade de dados e históricos de ordens de manutenção.
Acontece que, naquela época, a Ambev ainda não tinha uma gestão de ativos totalmente mobilizada. Alguns dos principais problemas enfrentados nesse período eram:
- Tempo excessivo com a transformação de notas de anomalias em ordens de manutenção;
- Perda de informações e falta de confiabilidade dos dados;
- Tempo excessivo dedicado à impressão de ordens de serviço;
- Alto custo com papel e impressões.
A solução da Sigga para a Ambev foi um software que reúne um conjunto de módulos totalmente integrados ao SAP PM.
Entre as principais melhorias e avanços nas rotinas de manutenção, estão:

A implementação do Planning & Schedulling com as soluções para mobilidade da Sigga foram imprescindíveis para o alcance desses resultados.
Dá para entender um pouco melhor como a combinação de programação e planejamento de qualidade + soluções de ponta podem fazer com que sua indústria dê grandes passos rumo à excelência operacional?
As soluções da Sigga para Planejamento & Manutenção
A rotina da Manutenção encara desafios críticos relacionados aos recursos, priorização das atividades e complexidade de acesso às informações.
Desta forma, o Sigga Planning & Scheduling se preocupa com alguns pilares principais que auxiliam os planejadores e manutentores. São alguns deles:
- Garantia da execução de atividades;
- Qualidade dos dados computados;
- Otimização do tempo dos profissionais;
- Registro dos serviços e monitoramento das atividades.
Além disso, a solução conta com a possibilidade de configuração de regras dinâmicas, que são intrínsecas às realidades específicas de cada parceiro da Sigga, ou seja, são regras totalmente estipuladas e configuradas pelos parceiros.
Estas regras permitem que a Inteligência Artificial atue de forma estratégica na resolução do backlog, bem como na sugestão da programação automática.
Além dos benefícios já citados, o Planning & Scheduling possui a funcionalidade de alteração de dados em massa para maior aderência dos dados vindos do SAP ao processo estipulado no software.
Possui também diversas configurações a respeito das capacidades relacionadas à matriz de habilidades, nas quais se configuram certificações bem como nível de expertise dos técnicos para executar alguma tarefa com um equipamento específico; conta com o calendário de paradas de máquinas, este que será levado em consideração durante a concretização do planejamento.
A diversidade de funções do Planning & Scheduling é vasta e alcança de ponta a ponta o fluxo do Planejamento e da Programação da Manutenção.
Gráficos de Gantt, dashboards, visão de materiais, disponibilidade de recursos, alerta de estoque também ajudam os planejadores e programadores.
E isso tudo pode ser feito em caráter de “simulação”, ou seja, o responsável pelo planejamento ou programação pode simular os cenários sem se preocupar, pois todas as informações só serão atualizadas no SAP após sua permissão.
A pluralidade do Planning & Scheduling é muito vasta para ser apresentada em um texto.
O ideal é solicitar o atendimento de um consultor, que poderá fazer uma demonstração em tempo real da solução. Não perca mais tempo, transforme já sua empresa!