Com a escassez de mão de obra e as interrupções na cadeia de suprimentos, a confiabilidade dos ativos precisa ser prioridade para manter os níveis de produção, a qualidade dos produtos e a produtividade de suas operações.
Mesmo assim, uma pesquisa com 80 grandes empresas constatou que nenhuma delas estava coletando os dados necessários para avaliar e lidar proativamente com falhas de ativos. NENHUMA!
Essas empresas teriam dificuldade em implementar um Sistema de Notificação de Falhas, Análise e Ações Corretivas — FRACAS, que, do inglês significa Failure Reporting, Analysis and Corrective Action System.
Se você está procurando um FRACAS ou está em processo de implementação, este artigo irá destacar os próximos passos para guiar sua organização rumo ao sucesso.
O que é FRACAS?
FRACAS é a sigla que determina o Sistema de Notificação de Falhas, Análise e Ações Corretivas.
Trata-se de um circuito fechado para rastrear falhas, realizar análises e planejar ações corretivas a fim de evitar falhas futuras. Tanto o processo quanto o prazo foram originalmente definidos pelo governo dos EUA e implementados em operações de defesa (padrão MIL-STD-255 FRACAS).
O FRACAS é comumente usado por indústrias ou organizações regulamentadas, com certificações dos padrões ISO, como ISO-9001, ISO/TS 164=949 ou AS 9100.
Dessa forma, o FRACAS estabelece sistemas de gestão de controle de processo e etapas de fluxo de trabalho que podem ser reforçados por meio de programas de software.
Esses fluxos de trabalho são exclusivos para cada indústria e aplicação do sistema. Você pode usar o FRACAS para melhorar a confiabilidade do equipamento, a qualidade do produto acabado ou até mesmo a qualidade de um serviço.
Por isso, você vê indústrias desde a área médica até empresas de petróleo e gás aplicando essas técnicas de melhoria de confiabilidade. |
Como fazer progresso com o FRACAS?
Você reconhece o valor da confiabilidade dos ativos, mas, assim como a maioria das organizações, há lacunas em seus processos de manutenção para coletar dados e implementar medidas preventivas e corretivas proativas a fim de aumentar efetivamente a confiabilidade dos ativos.
Então, faça uma avaliação dos seguintes sintomas de ineficiências de manutenção que impedem a implementação do FRACAS:
- Você sabe quais ativos e componentes falham mais?
- Consegue identificar a causa das falhas?
- Sabe se o equipamento está funcionando no ritmo que deveria?
- Pode determinar se há necessidade de um procedimento de manutenção, uma mudança de processo ou de engenharia para interromper falhas repetidas?
- Vê muitas falhas em equipamentos que acabaram de ser instalados ou reparados?
- Você confia nos dados do seu EAM/CMMS?
Pode haver muitas causas de problemas de confiabilidade. Portanto, o ponto de partida é garantir que seus fluxos de trabalho incluam a coleta das informações necessárias para responder a essas perguntas e outras mais.
“Você não pode gerenciar o que não mede.”
W. Edwards Deming
Capturando os dados
Fundamentalmente, tudo começa com dados de qualidade. E os dados de qualidade vêm de fluxos de trabalho consistentes que reforçam a necessidade de documentar a falha, incluindo o que falhou, qual era o problema ou defeito e por que falhou.
Esses dados precisam estar disponíveis em um banco de dados central, como seu programa EAM ou CMMS. E eles devem ser estruturados de uma forma que permita a análise.
Isso significa que você precisa padronizar o relatório de falha com listas de seleção para a peça (o que falhou), a natureza da falha, como um rolamento preso (problema), além de causas típicas de falha, como lubrificação inadequada (motivo).
Além disso, providencie respostas abertas para permitir que o técnico compartilhe sugestões sobre como evitar o problema no futuro. Por exemplo, "aumentar a frequência dos PMs de lubrificação" ou "verificar o óleo que está sendo usado".
A partir deste exemplo simples, você perceberá que as listas serão exclusivas para o equipamento. Por isso, é importante priorizar os ativos mais críticos e começar por aí com suas listas de peças e falhas.
“O objetivo final da coleta de dados é formar uma base para ação ou uma recomendação para ação."
W. Edwards Deming
Identificando os ativos críticos
Embora você possa não ter os dados para uma análise completa dos modos de falha ao planejar medidas preventivas, seu banco de dados deve ser capaz de identificar os ativos que falham mais.
De modo geral, são apenas alguns "maus atores" que têm mais problemas. Será que são os ativos mais importantes para focar em melhorias de confiabilidade? Considere também:
- Quais ativos são críticos para a produção?
- Qual é o custo do tempo de inatividade não planejado ou da produção reduzida para o ativo?
- Há questões ambientais ou de segurança envolvidas?
- Qual é o custo de manutenção e reparos?
Em alguns casos, um ativo pode ser tão crítico e custoso para consertar que é melhor ter um ativo reserva do que lidar com o tempo de inatividade e os reparos. Definir a prioridade do ativo para o FRACAS é similar a uma estratégia de Manutenção Centrada na Confiabilidade.
Analisando as falhas
Após identificar os equipamentos mais importantes para suas operações, você precisa observar as falhas comuns desses equipamentos.
O objetivo é identificar os defeitos que levam à falha, descobrir a causa do defeito e planejar as ações necessárias para reduzir o risco de ocorrência dessa falha. Há muitos métodos para fazer essa análise, sendo um deles a Análise de Modos de Falha e Efeitos (FMEA).
Você precisará dos dados de seu sistema EAM, manuais de equipamentos e informações de seus técnicos experientes para começar a identificar as peças críticas, modos de falha e mitigação de falhas para cada tipo de equipamento.
Como seus recursos provavelmente não são ilimitados, esse processo inclui uma etapa de priorizar ações para as falhas mais comuns e problemáticas. Esse percurso será um tanto anedótico para começar, mas melhora conforme você aumenta a coleta de dados estruturados.
“O intermediário entre a coleta de dados e a ação é a previsão.”
W. Edwards Deming
Fechando o ciclo com ações corretivas
A redução do risco de falhas pode incluir uma ampla gama de ações — desde a manutenção de um sistema redundante até a realização de tarefas regulares de manutenção preventiva. A parte crítica consiste em tornar isso uma prioridade para a organização, levando à implementação das ações e à mensuração do impacto dos planos de mitigação de falhas.
O FRACAS é projetado para ser um processo de melhoria contínua de Plan-Do-Check-Act (Planejar, Fazer, Checar e Agir).
Para as ações de manutenção corretiva e preventiva, o planejamento das tarefas é uma etapa fundamental. Planejar garante que as ações sejam realizadas de forma correta e oportuna. Sem instruções de trabalho robustas, você não saberá se uma falha futura foi causada pela má implementação da ação corretiva ou se foi uma ação corretiva ineficaz para o modo de falha.
“Não basta dar o seu melhor; você deve saber o que fazer e, então, fazer o seu melhor."
W. Edwards Deming
Além disso, para a análise de dados, as ações tomadas precisam ser aplicadas de forma consistente ao mesmo equipamento em todas as plantas. Isso possibilitará a coleta de dados suficientes para fechar o ciclo. Quanto mais dados, melhor será o suporte para uma análise mais estatística das falhas, bem como do impacto das ações corretivas.
Ativando fluxos de trabalho consistentes e coleta de dados
Na Sigga, há mais de 20 anos, ajudamos indústrias com uso intensivo em ativos com o SAP PM a melhorar a estruturação de seus fluxos de trabalho e a captura de dados. Nosso foco é melhorar a confiabilidade dos seus ativos.
Nosso aplicativo móvel Sigga EAM Empower digitaliza todo o processo de manutenção, conectando os usuários em toda a organização e em tempo real. O app ajuda seus técnicos a implementar processos de manutenção consistentes, além de capturar e estruturar os dados necessários no SAP com precisão. Assim, você consegue analisar o que falhou, qual foi o defeito e por que falhou.
A solução de Planejamento & Programação da Sigga conta com ferramentas de gestão para a implementação eficaz de estratégias de manutenção preventiva e melhoria da confiabilidade dos ativos. A solução também permite que você automatize a programação de acordo com suas regras de criticidade de equipamentos e priorização de fluxo de trabalho.
Juntas, essas soluções formam uma base eficaz para estabelecer fluxos de trabalho consistentes e etapas de melhoria contínua como parte do seu FRACAS.
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